Desde a passada segunda-feira que pesquisar conteúdos LGBT na Rússia tornou-se um crime: os russos estão proibidos de aceder a conteúdos “extremistas” na Internet. Para o Kremlin, a classificação “extremista” estende-se a Alexei Navalny, ao movimento LGBT, ao ‘Facebook’ e ao ‘Instagram’, mas também a organizações internacionais como a Greenpeace. Na lista, organizada pelo Ministério da Justiça russa, estão mais de 5 mil entradas.
A lei foi aprovada em julho último no Parlamento russo e é a primeira vez que se pune o consumo de conteúdos, não apenas a criação ou distribuição: apesar de as multas não serem particularmente elevadas – entre 30 e 50 euros -, a definição “extremista” é vaga o suficiente para as autoridades fazerem uma interpretação ampla para uma atuação discricionária.
De acordo com o jornal espanhol ‘El País’, há neste momento 1.600 pessoas presas por razões políticas, 593 das quais a aguardar julgamento em centros de detenção – a maioria desses presos já foi condenada ou enfrenta acusações de participação em atividades terroristas e/ou extremistas.













